Para alguns, dificuldades e obstáculos parecem ser motivo de desânimo e desistência. Para outros muitos, é justamente isso que se transforma em força propulsora para alcançar seus objetivos. Ontem e hoje a SECOM noticiou histórias de inovação na UnB/FCE. Em meio à falta de estrutura, os dois casos indicam que é possível seguir em frente e de cabeça erguida. E o melhor de tudo é que sabemos existem outros projetos que gerarão frutos. Mais ainda, sabemos que dali sairão profissionais capazes e comprometidos com a saúde. Parabéns aos professores e alunos participantes dos projetos!
Estudantes cultivam plantas medicinais no campus de Ceilândia
Projetos de extensão integrados contribuem para horto com 39 espécies
A UnB Ceilândia inaugurou um horto de plantas medicinais. São 300 m² de área verdes com 39 espécies como a cavalinha, com propriedades diuréticas e antiinflamatórias; o confrei, auxiliar no combate a distúrbios intestinais; e o guaco, presente em xaropes por ser expectorante. A inciativa é do projeto de extensão Harmonia, apoiado por grupos locais e pelo Centro de Ensino Médio n°4, onde ocorrem as aulas dos cinco cursos da unidade.
Aluno do segundo ano da escola pública, Fabiano Ribeiro prepara a terra, seleciona as mudas e rega com cuidado as plantas. “Gosto muito desse trabalho. Estou descobrindo aos poucos a importância das plantas medicinais”, diz. O rapaz de 16 anos é estagiário do projeto. Recebe auxílios de R$ 358 para se dedicar por meio período às atividades no horto. “O que mais vale é a aprendizagem”, ressalta. Ele lembra que antes do plantio, a área estava mal cuidada e com mato alto. “É gratificante ver essa transformação”.
O horto será utilizado nas aulas práticas de Botânica e de Farmacognosia do curso de Farmácia. Coordenadora do projeto, a professora Paula Martins informa que o espaço também servirá à comunidade local e deverá ser mantido mesmo depois da mudança para o campus definitivo. “Queremos orientar o uso racional das plantas, desenvolver trabalhos de educação ambiental e incentivar os alunos das escolas próximas a ingressarem na UnB”, explica. A vontade do estagiário de ensino médio Igor Santos é exatamente essa. “Quero estudar Farmácia aqui”, afirma, motivado com a experiência diária no local.
O professor de farmacobotânica Christopher Fagg participa do projeto e diz que pretende envolver a sociedade de Ceilândia no cultivo de plantas com propriedades fitoterápicas. “A ideia é darmos cursos à comunidade. As pessoas podem ter plantas como o guaco em casa”. Ele ressalta que nenhuma dessas substâncias deve ser consumida sem a devida orientação.
PARCERIA – Implantado no ano passado, o projeto de extensão Pare, Pense e Descarte dá suporte ao horto. Engajados na implantação da coleta seletiva em Ceilândia, os alunos participantes vão encaminhar os resíduos orgânicos produzidos no campus para uma área de compostagem, onde o material será transformado em adubo para as plantas. “Os restos de alimentos serão devidamente separados”, garante a extensionista Jéssica Rosa, aluna do 4º semestre de Gestão em Saúde.
Várias ações estão sendo preparadas pelo grupo para garantir eficiência na seleção do lixo a partir do próximo semestre. Nesta segunda-feira (18), estudantes confeccionaram bonecos para serem utilizados em campanhas de conscientização com a comunidade e na recepção dos novos calouros. Na volta das férias, a ideia é realizar gincanas voltadas para educação ambiental e construir uma casa com garrafas pet. Graças a todo esse envolvimento, funcionários foram orientados para a importância da coleta seletiva e lixeiras foram adaptadas. Os recipientes foram adaptados com dinheiro arrecadado entre os alunos. Foi o pai de um deles o responsável pela pintura das latas que indicam o correto descarte dos lixos seco e orgânico.
Fonte: UnB Agência
Pesquisa da UnB Ceilândia ganha prêmio internacional de saúde
Estudo analisou características de pacientes que sofreram derrame e incentiva suas potencialidades
Pesquisadores da UnB Ceilândia receberam o Antonio Meneguetti Award 2011, prêmio italiano oferecido a experiências na área de Medicina voltadas para o bem estar do ser humano. O professor Emerson Fachin Martins e mais quatro estudantes listaram as características mais comuns das limitações e das funcionalidades de pacientes que sofreram derrame cerebral. Pela pesquisa, o grupo da UnB receberá 5 mil euros, o equivalente a R$ 11 mil.
O projeto de iniciação científica do curso de Fisioterapia da UnB Ceilândia propõe um olhar humanizado sobre pacientes internados em hospitais. A pesquisa propõe tirar o foco da doença e das incapacidades e ampliar as possibilidades de tratamento e bem estar do internado. “Essa maneira de traçar um perfil evidencia o potencial que existe no paciente acamado”, explica o professor Emerson.
Segundo ele, a avaliação permite observar o que funciona e o que não funciona no tratamento. O estudo usa a Classificação Internacional de Doenças (CID) e a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para identificar as potencialidades do paciente vítima de derrame (AVE).
Para a decana interina de Pesquisa e Pós-graduação, Célia Ghedini, a premiação é um estímulo para a pesquisa acadêmica dos novos docentes, já que o professor Emerson está na UnB há apenas três anos e terminou o doutorado há quatro. “É um recém-doutor que tem uma carreira de sucesso na instituição”, diz. A professora ressaltou o foco interdisciplinar do prêmio. “É uma tendência de desenvolvimento mundial juntar as áreas de bem-estar com desenvolvimento social”.
Fonte: UnB Agência
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