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27 outubro 2010

O House que não queremos




Aquilo que seria mais uma aula com o médico Paulo Olzon (professor de Clínica Médica e Semiologia da USP) acabou se transformando em surpresa para seus alunos. Antes de iniciar sua aula, o professor convidou seus 10 alunos para o acompanharem ao pronto-socorro do hospital da Universidade. Lá, observando quase cinquenta pacientes que esperavam atendimento, lançou a seguinte pergunta-desafio: "Estão vendo aquela mulher? Ela tem hipertireoidismo. Agora, vocês vão até lá e descubram se estou certo".
A mulher estava ali por causa de seu filho de 5 anos, vítima de uma virose. Convencida a passar por uma longa conversa, os alunos identificaram sinais que caracterizam a doença dentre eles, oleosidade aumentada da pele, olhos saltados e peso abaixo normal, que foi o que chamou a atenção do Dr. Olzon. Um exame de sangue posterior confirmou o diagnóstico.
 A ideia de ensinar na prática a arte do diagnóstico veio da ficção. Olzon se inspirou no Dr. House, mais precisamente em seu olhar clínico. Em um dos episódios, House, num aeroporto a espera de um voo atrasado, põe-se a observar as pessoas do seu lado e a imaginar dos possíveis males que elas poderiam sofrer. Porém, apesar de ter um poder investigativo enorme, House não ouve o paciente, lembra o Dr. Salim Helito, clínico gera do Hospital Sírio Libanês. Quem gosta e assiste como frequência o seriado sabe que isso é verdade. ”O que me importa são as doenças. Os seres humanos me aborrecem". Qualquer semelhança com profissionais de saúde da atualidade não é mera coincidência. 

*Retirado e adaptado da Revista Veja, edição 2186 – ano 43 – nº 41, de 13 de outubro de 2010.

Lembrei-me das aulas de Saúde e Sociedade II, quando o professor Pedro Jabur dizia que gostava de observar as pessoas. Num desses comentários perguntou quem era do curso de enfermagem e depois de relatar sua estada no hospital durante o nascimento de sua filha fez a seguinte pergunta: O que é humanização? Que termo é esse? Alguém pode me explicar? Era uma clara provocação, no bom sentido. Depois de muito argumentarmos, alguns com explicações rebuscadas, ele perguntou novamente: “Vocês vão ficar aqui 5 anos para fazer aquilo lá que vi os enfermeiros fazendo no hospital? Novamente os alunos contra-argumentaram. Onde ele queria chegar? Na tal da humanização, ou melhor, no termo humanização, tão usado na FCE, tão pregada e exaltada.
Essa humanização tão falada, seria no futuro, quando estivermos exercendo nossas profissões, uma humanização realizada?Ou seremos mais um para alavancar cada vez mais o tecnicismo. Não sei se nossos professores  realizam a humanização, ou apenas falam da humanização, mas sei que estão semeando a ideia. Resta saber em que tipo de terreno essa semente está sendo semeada.


“Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram a comeram. Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu fruto, uma cem, outra sessenta e outra trinta”. (Da Bíblia de Jerusalém. Mateus 13, 4-8)

11 junho 2010

Habemus Centro Acadêmico?


A eleição para o novo Centro Acadêmico de Enfermagem da FCE(CAEnf), que era para ter acontecido no fim do semestre passado, ainda não foi realizada. E o pior é que até agora não foi divulgada nenhuma data para novas eleições.Ouve-se rumores sobre uma possível assembleia, porém nada oficial.O fato é que precisamos urgente de novas eleições, mesmo que para esse processo se candidate apenas uma chapa. Em resposta a um e-mail,o atual CAEnf informou que a responsabilidade pela marcação de datas é da comissão eleitorial. Estão esperando o quê?
Para os que vão concorrer, reflitam se realmente estão dispostos a assumir tal responsabilidade. É comum vermos pessoas desistindo no meio do caminho, mesmo para um mandato de 1(um) ano. O integrante do C.A deve ser ciente de que :
1 - Irá participar de várias reuniões, dentro e fora da FCE. Você vai ter tempo para isso?
2 - Não trabalhará sozinho. Um C.A é composto de diversas cabeças. Você sabe trabalhar em grupo?
3 - Dificilmente seus acertos serão lembrados , mas seus erros serão enfatizados? Sabe lidar com críticas?
4 - Cada aluno do C.A é eleito para representar tão somente os alunos. Se tiver que ir contra a posição de um professor, assim terá que ser. Você tem essa postura?

Um Centro Acadêmico deve ser, entre outras coisas, um lugar:
1 - Democrático;
2 - De representação dos alunos;
3 - De amplo debate e discussão;
4 - De comprometimento.
5 - De divulgação ampla e atual de assuntos referentes ao curso ao qual está ligado.

Um Centro Acadêmico não é lugar para:
1 - Acomodados;
2 - Buscar projeção na Universidade;
3 - Conseguir facilidades na seleção para projetos de pesquisa e extensão.

14 maio 2010

Especulando sobre o novo calendário. Férias de 3 meses?


Especulando sobre o novo calendário? Férias de 3 meses?


10/05/10 - Início das aulas do 1º/2010
03/09/10 - Término das aulas do 1º/2010
04/09 à 03/10/10 - Férias

 Aproveite a baixa temporada, preços mais baixos e:




04/10/10 - Início das aulas do 2º/2010
04/02/11 - Término das aulas do 2º/2011
05/02 à 13/03/11 - Férias


O carnaval 2011 é de 05 à 08/03/2011.Aproveite para voltar às aulas no pique:


28 abril 2010

Rogério Rosso e o campus definitivo

O atual momento político do Distrito Federal pode de alguma maneira favorecer a aceleração das obras do novo campus da Universidade de Brasília - Faculdade de Ceilândia(FCE).O atual governador Rogério Rosso foi administrador da Ceilândia, e dentre as realizações de sua administração está a construção do Ceilambódromo, com a consequente transferência do carnaval do DF para a cidade.Isso significa que um ex-administrador que agora é governador pode fazer com que a obra seja mais célere. 
Além disso, Rosso é graduado em Direito pela UnB, ou seja, tem vínculos com a universidade.O que isso significa? Que devemos exigir da UnB, principalmente da direção da FCE, que solicitem urgentemente uma audiência com o governador, para cobrar mais celeridade e compromisso com as obras do novo campus.
Como estamos em ano eleitoral, sugiro também que atolemos as caixas de e-mail dos atuais deputados com pedidos de apoio às referidas obras. 
Segue abaixo a lista de alguns deputados, com seus endereços eletrônicos:



Benício Tavares - É do PMDB, partido de Rogério Rosso -  falecombenicio@beniciotavares.com.br



Rogério Ulisses - Tem forte ligação com a juventude - dep.rogerio.ulysses@cl.df.gov.br


Benedito Domingos - Tem enorme força política em Taguatinga, área de influência da FCE - dep.benedito.domingos@cl.df.gov.br


Doutor Charles - Foi diretor de Centro de Saúde em Taguatinga Norte e Diretor do HRT, região de influência da FCE - dep.dr.charles@cl.df.gov.br

Eliana Pedrosa - É graduada em Química pela UnB -  dep.eliana.pedrosa@cl.df.gov.br



Roney Nemer - Tem força política em Samambaia, área de influência da FCE e é do PMDB, partido de Rogério Rosso - dep.roney.nemer@cl.df.gov.br

Batista das Cooperativasdep.batista.cooperativas@cl.df.gov.br

Chico Leite - Foi promotor na Ceilândia - dep.chico.leite@cl.df.gov.br  






Envie um e-mail aos deputados e poste aqui o que você enviou.

13 abril 2010

Greve - Perto de um fim ou de um novo começo?


A notícia de que o presidente Lula "mandou que o MPOG pagasse integralmente a URP deixou muitos alunos alvoroçados com um possível fim da paralisação.Ao longo desses 30 dias, houveram muitas notícias que pareciam animadoras, mas que perdiam força tão logo terminasse a próxima assembleia. As últimas informações são de que as últimas assembleias contavam com cerca de 130, 150 professores. É esse número que decide o futuro do movimento? Onde estão os outros professores? Talvez estejam envolvidos com suas pesquisas, seus projetos. 
Passeando por alguns sites da UnB me deparei com o Calendário da Greve dos Alunos. Não me avisaram que eu estava em greve. Mas a intenção é boa, pelo menos existe na pauta o ato em prol da construção do novo campus da FCE. Porque os professores decidiram que sua única pauta sería a URP. Mas aí alguém pode dizer: "Como você pode pensar assim? Se os professores estão lutando pelos seus salários, estão lutando também pela educação". Tenho que citar o saudoso Francisco Milani: "Não me venha com churumelas". A luta é só deles. Criaram até mais um desses gritos de guerra da esquerda. Acho que é assim: " A luta unificou, professor, aluno e servidor". Cantaram isso lá no centro de convenções, no dia que agrediram os seguranças do local. Depois reclamam da PM. 
Sabe porque não apoio essa greve? Primeiro porque quero aula. Depois porque nunca temos o apoio deles. Como era bonito ver alguns professores subindo no banco da FCE(me lembrando alguns sindicalistas) em novembro do ano passado e dizendo que a luta era de todos, que o movimento busca além da URP, a valorização da edução, o apoio à pequisa, à extensão, pelo novo campus.  Caímos igual a patinhos. No outro dia foi confeccionado cartazes,fizemos passeata e carreata, gritamos, protestamos. "Queremos o novo campus"......Quem queremos? Podía-se contar nos dedos da mão de uma tartatura ninja mutante quantos professores participaram. No seminário integrativo era reservado um espaço para cada curso, lá no auditório. No da enfermagem , lembro bem de alguém dizer que lamentava a ausência da maioria dos professores. Só o Carlos Eduardo se fez presente. Aluno não é importante, quero dizer, é, em época de greve. Afinal o alvo é a paralisação das aulas. Pois bem. 
À medida que o dia 15/04 se aproxima, a expectativa em relação ao fim da greve aumenta. Porém é preciso dizer que existe a possibilidade do STF considerar indevido o pagamento da URP. E aí? A greve continuará, mas agora por aumento salarial?Quem poderá nos defender? Dessa vez, nossos Chapolins Colorados serão os ministros do Supremo.

03 março 2010

Trotes

Com o início das aulas nos diversos centros de ensino superior espalhados pelo país, as notícias sobre trotes violentos voltam a tomar conta dos noticiários jornalísticos. O que é para ser uma espécie de ritual de passagem acaba se transformando num momento constrangedor e muitas vezes traumático. Alunos de cursos superiores, de quem se espera atitudes no mínino de respeito ao próximo, se rendem a instantes de selvagerias repugnantes.
O pior é que esse sistema é retroalimentado por um sentimento do tipo "Se eu passei por isso, meus calouros terão que passar". Justamente os que são violentados física e moralmente, são os que no futuro violentarão. É assim que essa prática se perpetua.
É chegado o dia do inicio das aulas na Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília e com ela vêm os trotes. Os aqui praticados nem de longe se assemelham aos divulgados na mídia, porém cuidado e planejamento nunca é demais. Fica o alerta para que os centros acadêmicos vigiem para que nenhum engraçadinho se ache no direito de fazer o que bem entender com quem acaba de ingressar na universidade. Particularmente sou temeroso com essa quantidade de substâncias depositadas nos calouros. Um verdadeiro coquetel. Reações alérgicas podem acontecer a qualquer momento. Quem se responsabilizará?
O trote é válido quando é feito de forma saudável e respeitosa.