13 abril 2010

Greve - Perto de um fim ou de um novo começo?


A notícia de que o presidente Lula "mandou que o MPOG pagasse integralmente a URP deixou muitos alunos alvoroçados com um possível fim da paralisação.Ao longo desses 30 dias, houveram muitas notícias que pareciam animadoras, mas que perdiam força tão logo terminasse a próxima assembleia. As últimas informações são de que as últimas assembleias contavam com cerca de 130, 150 professores. É esse número que decide o futuro do movimento? Onde estão os outros professores? Talvez estejam envolvidos com suas pesquisas, seus projetos. 
Passeando por alguns sites da UnB me deparei com o Calendário da Greve dos Alunos. Não me avisaram que eu estava em greve. Mas a intenção é boa, pelo menos existe na pauta o ato em prol da construção do novo campus da FCE. Porque os professores decidiram que sua única pauta sería a URP. Mas aí alguém pode dizer: "Como você pode pensar assim? Se os professores estão lutando pelos seus salários, estão lutando também pela educação". Tenho que citar o saudoso Francisco Milani: "Não me venha com churumelas". A luta é só deles. Criaram até mais um desses gritos de guerra da esquerda. Acho que é assim: " A luta unificou, professor, aluno e servidor". Cantaram isso lá no centro de convenções, no dia que agrediram os seguranças do local. Depois reclamam da PM. 
Sabe porque não apoio essa greve? Primeiro porque quero aula. Depois porque nunca temos o apoio deles. Como era bonito ver alguns professores subindo no banco da FCE(me lembrando alguns sindicalistas) em novembro do ano passado e dizendo que a luta era de todos, que o movimento busca além da URP, a valorização da edução, o apoio à pequisa, à extensão, pelo novo campus.  Caímos igual a patinhos. No outro dia foi confeccionado cartazes,fizemos passeata e carreata, gritamos, protestamos. "Queremos o novo campus"......Quem queremos? Podía-se contar nos dedos da mão de uma tartatura ninja mutante quantos professores participaram. No seminário integrativo era reservado um espaço para cada curso, lá no auditório. No da enfermagem , lembro bem de alguém dizer que lamentava a ausência da maioria dos professores. Só o Carlos Eduardo se fez presente. Aluno não é importante, quero dizer, é, em época de greve. Afinal o alvo é a paralisação das aulas. Pois bem. 
À medida que o dia 15/04 se aproxima, a expectativa em relação ao fim da greve aumenta. Porém é preciso dizer que existe a possibilidade do STF considerar indevido o pagamento da URP. E aí? A greve continuará, mas agora por aumento salarial?Quem poderá nos defender? Dessa vez, nossos Chapolins Colorados serão os ministros do Supremo.

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