03 março 2010

Trotes

Com o início das aulas nos diversos centros de ensino superior espalhados pelo país, as notícias sobre trotes violentos voltam a tomar conta dos noticiários jornalísticos. O que é para ser uma espécie de ritual de passagem acaba se transformando num momento constrangedor e muitas vezes traumático. Alunos de cursos superiores, de quem se espera atitudes no mínino de respeito ao próximo, se rendem a instantes de selvagerias repugnantes.
O pior é que esse sistema é retroalimentado por um sentimento do tipo "Se eu passei por isso, meus calouros terão que passar". Justamente os que são violentados física e moralmente, são os que no futuro violentarão. É assim que essa prática se perpetua.
É chegado o dia do inicio das aulas na Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília e com ela vêm os trotes. Os aqui praticados nem de longe se assemelham aos divulgados na mídia, porém cuidado e planejamento nunca é demais. Fica o alerta para que os centros acadêmicos vigiem para que nenhum engraçadinho se ache no direito de fazer o que bem entender com quem acaba de ingressar na universidade. Particularmente sou temeroso com essa quantidade de substâncias depositadas nos calouros. Um verdadeiro coquetel. Reações alérgicas podem acontecer a qualquer momento. Quem se responsabilizará?
O trote é válido quando é feito de forma saudável e respeitosa.

Um comentário:

  1. Quando entrei na faculdade eu fiquei animado com a ideia do trote, é tradição... não me arrependi de ter participado, foi um momento de interação e de alegria entre o pessoal. Apesar de ser a favor do trote "saudável", eu respeito quem não gosta das brincadeiras, é um direito que cada um tem. E para os que estão chegando: fiquem tranquilos,agressão não tem vez nos trotes da enfermagem, pelo menos não na nossa faculdade... afinal, somos futuros profissionais da saúde, temos que dar o (bom) exemplo. Abraços, galera!

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